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AUTO-MUTILAÇÃO: UMA SIMPLES CHAMADA DE ATENÇÃO?

10/9/2014

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Nos últimos tempos tenho tido conhecimento de um número crescente (e extremamente preocupante) de casos de auto-mutilação na adolescência e pré-adolescência. Raramente estas situações recebem o devido acompanhamento pois, mesmo quando os pais nos procuram numa fase inicial, quase sempre se encara a auto-mutilação como uma simples chamada de atenção. Quando uma pessoa (seja de que idade for) se magoa a si própria deliberadamente, há de facto um alerta, uma chamada de atenção se assim lhe quiserem chamar. Mas está longe de ser algo simples.

A auto-mutilação ou a dor auto-infligida é sinónimo de grande sofrimento emocional que requer intervenção urgente. A dor emocional é tão avassaladora que, não encontrando outra forma de se expressar ou exteriorizar, é expulsa através da dor física que mascara a primeira, trazendo um certo alívio. Mas este alívio é obviamente temporário, levando à busca repetitiva da dor física, que acaba por assumir características obsessivo-compulsivas. Por outro lado, o sofrimento emocional, ao tornar-se insuportável, conduz a uma espécie de anestesia afetiva e a um sentimento de morte interior que faz com que a dor física (e o sangue) seja a única forma de confirmar que se está vivo e que se sente algo.

Por isso, esta chamada de atenção é isso mesmo, uma chamada de atenção, um pedido de ajuda, um grito por socorro. Mas é também um grito silencioso, pois na maior parte das vezes este é um comportamento secreto, mantido em privado. Não é uma birra. Uma birra é a expressão de algo, é manifesta, é evidente e causa incómodo e resposta por parte de quem rodeia. Neste sentido, quando se descobre que uma criança, um adolescente ou até mesmo um adulto se mutila, há que procurar ajuda urgente. Trata-se de alguém que precisa de ser ajudado a identificar e a interpretar o que sente e a encontrar outras formas de lidar com o sofrimento e de o expressar. E este será um trabalho prolongado e profundo, pois as feridas e as cicatrizes internas demoram mais tempo a sarar do que as que se veem por fora.

E não importa se foi a primeira vez ou se a ferida é superficial. Mesmo que assim seja, se tal aconteceu, é porque por dentro o dano já é grande.

Sinais de Alerta:

  • Feridas, cicatrizes e nódoas negras frequentes e injustificadas (pulsos, braços, peito e coxas sãos os locais mais comuns, mas não exclusivos), ou explicadas por acidentes constantes por se ser desastrado
  • Feridas que demoram a cicatrizar (por haver insistência no mesmo local)
  • Objetos pontiagudos ou cortantes entre os pertences habituais (tesouras, agulhas, caricas, navalhas, cacos de vidro, lâminas)
  • Usar persistentemente roupa que cobre todo o corpo, mesmo no Verão (mangas compridas, gola alta, calças)
  • Manchas de sangue na roupa, nos lenços, nos lençóis ou nas toalhas
  • Tendência ao isolamento por períodos longos (habitualmente no quarto ou na casa de banho)
  • Irritabilidade frequente e sobretudo quando confrontado/a com as marcas (feridas, nódoas negras, cicatrizes, sangue)


Publicado originalmente no Psisalpicos

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