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BULLYING (I): Problema ou Sintoma?

10/10/2014

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No passado dia 17 de Abril, decorreu o Seminário “Violência e Maus Tratos nas Crianças e nos Jovens: o Desafio da Proteção”, organizado pela CPCJ da Amadora e inserido numa série de ações desenvolvidas a propósito do Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância.

Participei neste seminário, em representação da nossa colega Tânia Paias e do Portal Bullying, com o tema “Bullying: Violência/Agressividade Vs Cooperação”, a propósito do qual partilho algumas reflexões. Sempre houve bullying, embora se registe um aumento que não parece ser devido apenas a um maior mediatismo da problemática.

Importa refletir se o bullying é um problema ou um sintoma. Um sintoma de uma sociedade mais violenta e marcada pela impulsividade, dirigida mais para o agir e pouco para o pensar e para o sentir. O menor acompanhamento familiar é cada vez mais evidente e os estilos parentais tendem a características muito antagónicas nas nossas crianças: de um lado temos crianças omnipotentes e sem limites, do outro temos crianças sobreprotegidas, com pouca autonomia emocional e reduzida capacidade para se defenderem. Existe ainda uma iliteracia emocional, associada a uma menor comunicação e partilha afetiva, bem como a valores sociais mais frágeis e a um maior individualismo, que tendem a conduzir a uma menor empatia. É talvez por estes motivos que vamos verificando também uma psicopatologia infantil mais grave e mais instalada.

Atrevo-me, portanto, a dizer que o Bullying é um sintoma, traduzido por alterações emocionais tanto no agressor, como na vítima.

Tendo em conta que foi para mim uma surpresa o facto de alguns participantes terem ficado surpreendidos com o facto de se reconhecerem algumas fragilidades emocionais prévias na maior parte das vítimas, que de certa forma as deixa mais vulneráveis ao Bullying, este será um tema a desenvolver nas próximas semanas.

Publicado originalmente no Psisalpicos

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Bullying (III): um ciclo que se perpetua?

10/9/2014

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Como consequência da violência repetida do Bullying, existe uma clara diminuição da auto-estima e surgem manifestações de ansiedade, irritação, agitação, depressão e medo. Do ponto de vista somático, são frequentes alterações no sono, dores de barriga e diminuição do apetite. A partir de certa altura, a criança ou adolescente tende a começar a resistir a ir para a escola e apresenta uma quebra no rendimento escolar. Em situações mais dramáticas, pode mesmo haver tentativa de suicídio, algumas vezes conseguida, como nos têm vindo a dar a conhecer os meios de comunicação.Em alguns casos, a vítima convence-se que a agressividade é o melhor meio para atingir os fins e passa a assumir a postura de agressor em vários contextos da sua vida.



O ciclo do Bullying deixa a vítima relativamente isolada. De um lado temos o agressor ou o mentor do bullying, o seu seguidor, que é muitas vezes o perpetrador da agressão, o apoiante que participa no ato e o apoiante passivo que, apesar de não participar, aprova. Existe ainda o observador neutro, que não assume nenhuma posição. Do lado da vítima, estão o defensor passivo, que desaprova o bullying, mas não protege, e o defensor que procura ativamente proteger a vítima. É claramente uma situação de desequilíbrio que mantém a vítima num ciclo que pode prolongar-se por um período extremamente longo.

Os pares, ou a audiência, têm portanto um papel fundamental na manutenção do bullying. De um lado aprovam e incentivam, dou outro afastam-se sem se comprometer. Alguns colegas e amigos querem ajudar, mas não sabem como. Muitos estudos indicam que um episódio pode terminar em menos de um minuto se o bullie não tiver audiência.

Publicado originalmente no Psisalpicos

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BULLYING (II): AGRESSIVIDADE Vs VIOLÊNCIA

10/9/2014

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Para falar de bullying é imperativo abordar os conceitos de agressividade e violência.

A agressividade existe em todos os seres humanos, é natural e necessária. Importa perceber o que é que diferencia a agressividade saudável da agressividade patológica. É saudável e construtiva no sentido em que nos mobiliza para a ação, que está relacionada com a nossa capacidade de nos defendermos, de lutarmos pelos nossos objetivos, de tolerarmos a rivalidade e competitividade. Permite-nos criar roturas, construir separações, afirmar a diferença, dizer “NÃO”, lutar por um objetivo, reivindicar, fazer frente, assumir uma posição, vencer o medo e retaliar quando as circunstâncias nos são prejudiciais.

Podemos, então, pensar na agressividade como estando ao serviço da concretização pessoal e da formação da identidade, bem como da coesão grupal e da cooperação.

O grau de agressividade está dependente de fatores bioquímicos, da predisposição da personalidade, da maturidade emocional e do contexto familiar e ambiental. Com o amadurecimento e a socialização, os impulsos agressivos vão sendo refinados e, saudavelmente, geridos no sentido construtivo. Crianças e adolescentes com menor propensão agressiva, não têm de se esforçar muito para domar os seus impulsos, mas podem ficar mais sujeitos a maus-tratos por não terem a agressividade suficiente para se defender ou impor perante os pares.

De acordo com a OMS, a violência define-se pelo “Uso de força física ou poder, real ou em ameaça, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico, deficiência do desenvolvimento ou privação”
Entre várias definições e tipos de violência, encontramos a Violência Instrumental: forma premeditada de alcançar os objetivos e propósitos do agressor, acionada de forma gratuita e cruel, pretendendo causar danos. É aqui que se enquadra o Bullying.

O Bullying é um abuso de poder sistemático, sem resposta a um estímulo, e caracteriza-se por elevada intensidade, persistência, repetição, intencionalidade e destrutividade. Pode assumir diferentes formas: Agressão Física, Agressão Verbal, Agressão Psicológica, Intimidação, Rejeição e, associado às novas tecnologias, o Cyberbullying.

O Bullying não é uma brincadeira, nem uma divergência entre colegas. Consiste num importunar contínuo, numa relação de claro desequilíbrio, em que a vítima é incapaz de se defender. É um sinal de perturbação ou fragilidade emocional, tanto do agressor (Bully) como da vítima.

Para aprofundar este tema, que continuará a ser desenvolvido nas próximas publicações, sugerimos a leitura dos artigos da Dra Ana Almeida e da Dra Tânia Paias no Portal Bullying:

http://www.portalbullying.com.pt/artigos_semanais/violenciaSaudavel_AnaAlmeida.pdf
http://www.portalbullying.com.pt/artigos_semanais/EstejaAtentoAoBullyingEscolar.pdf

Publicado originalmente no Psisalpicos

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BULLYING: A palavra é "Prevenção", agora passemos à ação

10/9/2014

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Sempre que existem consequências fatais do Bullying, recebemos inúmeros contactos de jornalistas.

Infelizmente, não há muito mais a dizer-se sobre o Bullying. O que falta, sim, é fazer. E fazer desde cedo. Em casa, na escola, na comunidade. Fazer e refazer. Educação para a cidadania e para os afetos. Promoção de competências sociais e emocionais. Atenção, deteção e intervenção imediatas. Ações concertadas na escola e na comunidade, com a participação da família.

Enquanto se continuar fingir que não acontece, que é uma brincadeira ou uma divergência de colegas e enquanto se continuar a remediar e a dizer às vítimas que têm de se defender, tragédias destas e outros casos menos mediáticos ou extremos, continuarão a acontecer todos os dias.

Assim, hoje não tenho muito mais a dizer. E partilho apenas esta animação, excluindo a campanha política no final. Seria bom que estes projetos saíssem do formato “animação” e passassem à ação em Portugal.

Publicado originalmente no Psisalpicos
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