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Dia de São Amor-Próprio

2/14/2019

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Valentim, bispo romano, continuou a realizar casamentos contra a ordem do imperador Cláudio II, que acreditava que os jovens solteiros mais facilmente se iriam alistar para formar um poderoso exército. Valentim foi descoberto e preso, recebendo bilhetes e flores de jovens que lhe mostravam acreditar no amor. Valentim e a filha do carcereiro acabariam apaixonados. Ela, cega, viria a recuperar milagrosamente a visão. Ele ter-lhe-á escrito uma carta, assinando “de seu Valentim”, expressão muitas vezes repetida em inglês até aos dias de hoje (your Valentine). Valentim viria a ser decapitado a 14 de fevereiro de 270. (Fonte: wikipedia).

Não obstante a falta de comprovação histórica da existência de Valentim, motivo pelo qual a data deixou de ser celebrada pela Igreja Católica, que anteriormente o reconheceu como santo, o Dia dos Namorados tem-se mantido em nome do amor. Como muitas outras datas, este dia tornou-se escravo do capitalismo, em que a prenda ou o jantar forçados se tornaram no único sinal de que ainda há fé no amor, mais não seja para publicar uma foto pseudo-romântica nas redes sociais e/ou para responder ao socialmente esperado. Mas, efetivamente, ainda há fé no amor que existe e é celebrado todos os dias. Muitos casais procuram contrariar a tendência consumista ou simplesmente brincar com ela para neste dia assinalarem apenas a dança de encontros e desencontros, afinações e desafinações que fazem parte da construção de uma relação amorosa.

Talvez haja neste dia tantos jantares de namorados como de encalhados, parecendo estes últimos muitas vezes bem mais divertidos, enquanto se afirmam anti-cupidos, em jeito de “eu já não acredito no amor, mas ainda tenho esperança”, qual bruxedo ou feitiçaria.

“O amor não se diz, faz-se”, diz-nos o psicanalista Coimbra de Matos. Entendo esta frase no sentido de que o amor não se mostra nas palavras (ou só nas palavras), mas nos atos. E entendo que para fazer amor é preciso, em primeiro lugar, fazer-se amar. É preciso amor-próprio para se poder encontrar o amor verdadeiro, para se poder dar e receber. Sem amor próprio procurar-se-á o amor onde não existe, onde não pode ser construído. Sem amor-próprio procurar-se-á a valorização através do outro; sem amor próprio insistir-se-á na independência para fugir ao medo da dependência; sem amor-próprio o amor será dito e (des)feito em desequilíbrio constante; sem amor-próprio o amor será uma constante luta de poderes; sem amor-próprio o amor não será amor, será apenas mágoa, desilusão e desesperança.

O amor dá trabalho, se fosse fácil não seria tão ambicionado. As relações constroem-se, não nascem feitas nem são pré-fabricadas, não são pré-confecionadas nem prontas a levar, não são fast food ou take away como quase tudo na sociedade líquida dos tempos de hoje, em que tudo é efémero e volátil. Para um amor sólido é preciso passar pelas terras movediças da relação com o outro e connosco próprios.

Por isso, antes de mais, Feliz Dia de São Amor Próprio!

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"AMOUR": UMA HISTÓRIA DE AMOR OU DE HORROR?

10/9/2014

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George e Anne são um casal que se vê confrontado com a invasão do inesperado. Anne sofre um AVC que a leva a um rápido declínio físico e à demência. George mantém-se junto da mulher e mãe dos seus filhos, assumindo o seu cuidado e contrariando o desejo de morrer, manifestado através de palavras e atos nos momentos de maior lucidez.

“Amour” confronta-nos com uma série de situações reais: o envelhecimento, a doença, o declínio, a dependência, a solidão, o isolamento, a depressão, a perda de dignidade, a morte. Ao abordar estes temas, aborda, provavelmente, os maiores fantasmas do ser humano. Por este motivo, a par com a admiração pela persistência e amor de George, provoca-nos um nó no estômago por nos obrigar a pensar no que procuramos manter distante de nós.

Os seniores irão provavelmente terminar o filme em silêncio, pela angústia de um quadro que pode aproximar-se a uma velocidade imprevisível. Os adultos mais jovens antecipam a morte dos seus pais ou dos seus avós e, até mesmo, a sua própria morte. “Amour” confronta-nos com a finitude, sem a paz com que a maior parte de nós gostaria de a encarar.

“Amour” é uma história de amor que nos horroriza pela crueza com que nos apresenta a realidade e nos leva, pouco subtilmente, à polémica da eutanásia. O final é entendido por uns como um ato de amor e, por outros, como um ato de raiva. 

Publicado originalmente no Psisalpicos

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A NÃO DECISÃO: UMA CONTRA-RESOLUÇÃO?

10/9/2014

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Para grande parte das pessoas, o início do ano novo é acompanhado de resoluções, por decisões de mudança. Algumas pessoas, por seu lado, optam por não decidir, numa espécie de contra-resolução. A não decisão é, por si só, uma decisão. A decisão de deixar estar, de se conformar (mais do que aceitar), associada a um sentimento de impotência que congela qualquer capacidade de ação. E muitas vezes, esta não resolução está assente num sofrimento que leva ao faz de conta, à petrificação do afeto como forma de distanciamento emocional. Recordo uma citação de Pedro Strecht:

"A dor psíquica é uma espécie de fogo (...) O gelo também queima. O gelo também paralisa, incomoda e petrifica. O gelo cria uma defesa tão impenetrável como o fogo (...) como se entre o contacto perturbado ou perturbador e a ausência desse mesmo contacto, não houvesse, afinal, uma distância assim tão grande. Qual o lugar do amor, entre o fogo e o gelo?"
 ("O vento à volta de tudo- uma viagem pela adolescência")

E apesar deste pensamento ser retirado de uma obra sobre a adolescência, leva-nos à impenetrabilidade do fogo e do gelo, que frequentemente se mantém em padrões de funcionamento ao longo da vida. Um padrão em que a tentativa de não sentir muitas vezes satisfaz mais o outro, do que o próprio. Uma não decisão mascara a não-mudança e apesar de aparentemente disfarçar o sofrimento, apenas irá congelá-lo.

Publicado originalmente no Psisalpicos

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YOGA E RELAÇÕES AMOROSAS: QUE LIGAÇÃO?

10/9/2014

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Li um artigo num dos blogues que sigo que faz um paralelismo interessante entre os princípios básicos do Yoga e as relações amorosas:





-Vínculo/Ligação: As posturas do yoga desenvolvem-se a partir de uma ligação a uma base estável, que permite que respiração flua livremente e explorar a prática, da mesma forma que é necessário criar uma ligação com o/a parceiro/a, assente em bases sólidas de confiança e afeto, que permitem expressar-se livremente e explorar a relação.

-Regularidade: a prática regular do yoga é muito mais recompensadora ao longo do tempo, do que workshops ou retiros pontuais, que são importantes para complementar e fazer novas aprendizagens, mas não sustentam a prática. Do mesmo modo, o contacto e a comunicação regulares numa relação são essenciais para aprofundar o vínculo permitindo depois desfrutar melhor e aprender mais sobre o outro em férias ou fins-de-semana mais excitantes.

-Passo a Passo: Querer avançar demasiado rápido para posturas avançadas aumenta o risco de lesões, enquanto que respeitar o ritmo permite perceber de que modo o corpo responde, dando tempo e experiência para que nos possamos adaptar à experiência. Ter tempo para conhecer alguém dá-nos tempo para ensaiar respostas e experiências com o outro, pelo que procurar acelerar a relação ou fazer planos demasiado cedo, aumenta a possibilidade de desilusão.

-Persistência: Manter uma postura durante algum tempo permite aprofundar a sensação que produz, sentir a respiração e a resposta do corpo, da mente e das emoções, do mesmo modo que dar tempo à relação permite que esta se desenvolva, investindo naquilo que podem criar juntos.

-Quietude: A prática de yoga inclui períodos de quietude, seja em que postura for, dá-se tempo à tranquilidade e a consciência de si próprio, do mesmo modo que numa relação é importante que se consiga continuar a estar consigo próprio e aprofundar os sentimentos.

O Yoga é uma prática e uma filosofia assente no bem-estar e na ligação ao próprio. Estes princípios e paralelismos poderão ser encontrados noutro tipo de práticas que visam a consciência de si próprio e o bem-estar. Porque, na verdade, para estabelecer relações amorosas saudáveis, é necessário que a relação com o próprio seja saudável, o que muitas vezes também requer aprendizagem: aprender a respeitar-se e aceitar-se, a ter tempo e a dar-se tempo a si próprio, a persistir e a tranquilizar-se.

Publicado originalmente no Psisalpicos

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Família em Crise: Crise Económica ou Crise Afetiva?

10/9/2014

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No dia 15 de Maio celebra-se o Dia Internacional da Família, data que se assinala desde 1993 com o objetivo de salientar  a importância da família, reforçar a mensagem de união, amor, respeito e compreensão, alertar para a importância da família como núcleo vital da sociedade e para os seus direitos e responsabilidades, e sensibilizar para as questões sociais, económicas e demográficas que afetam a família.

O conceito de família assenta na ideia de estrutura nuclear que habita num ambiente comum, partilhando laços de sangue e de afeto e reconhece uma predisposição biológica, influenciada por fatores sócio-culturais, no que respeita à sua constituição.

Nas nossas consultas com crianças, adolescentes, adultos, casais e famílias, assim como nas nossas casas e nas dos nossos amigos e familiares, debatemo-nos com as profundas alterações que a estrutura familiar tem sofrido. Temos casais heterossexuais e homossexuais, famílias nucleares, monoparentais, separadas, reconstituídas, alargadas, de acolhimento, adotivas, guardas partilhadas… Temos solteiros de 40 anos, casais casados aos 20 e separados aos 30, jovens que ficam até cada vez mais tarde na casa dos pais devido ao desemprego, famílias forçadamente alargadas devido à crise, casais, pais e filhos separados pela emigração, idosos solitários e isolados. As estatísticas dão conta do aumento de divórcios e do decréscimo de casamentos e nascimentos.

Estas alterações dramáticas levam-nos a questionar sobre o futuro das famílias. Será a família uma espécie em vias de extinção? Será a crise económica o principal responsável pela desagregação familiar ou será apenas um bode expiatório?

A predisposição biológica para aproximar-se e cuidar do outro parece estar a ser abafada por uma sociedade hiperativa, virada para o agir e pouco para o sentir. Não há tempo para sentir, anda-se para a frente porque para a frente é o caminho. As famílias parecem cada vez mais funcionais pois na verdade desempenham funções, cumprem objetivos, o que talvez explique por que funcionam cada vez pior, uma vez que a complementaridade tem vindo a ser substituída pela individualidade. As necessidades, os interesses e os valores individuais parecem dar pouco espaço à comunicação, à partilha e à tolerância, e os laços afetivos que unem a família quebram-se com facilidade. Há quem defenda que a “sociedade material” e a busca pela qualidade de vida (económica) são os principais responsáveis pela desagregação familiar.

Estará a família a atravessar uma crise económica ou uma crise de valores? Será que é a primeira que leva à última? Estará o novo milénio a atravessar uma crise afetiva? Poderão os afetos sobreviver a estas crises?

Questões talvez um pouco polémicas que aqui lanço no sentido de promover uma reflexão sobre o valor dos afetos, das relações e da família.

Publicado originalmente no Psisalpicos

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