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NEGLIGÊNCIA E ISOLAMENTO SOCIAL INTERFEREM NO NEURODESENVOLVIMENTO

10/10/2014

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As investigações científicas têm suportado cada vez mais a existência do impacto significativo da negligência grave e do isolamento social no desenvolvimento cognitivo e social.

Um estudo recente aponta para menor maturação da substância branca e produção de mielina, causando uma lentificação na comunicação entre as diferentes regiões do cérebro, e alterações no desenvolvimento do córtex pré-frontal. Estas alterações tem repercussões significativas ao nível das funções intelectuais e do ajustamento social, estando muitas vezes na base de perturbações graves da saúde mental.

Mais um trabalho que salienta o problema da privação e que relança a necessidade de um alerta e de uma intervenção precoces, particularmente em meios socialmente desfavorecidos e/ou disfuncionais, bem como a urgência de refletir sobre as condições e a duração das institucionalizações de crianças.

O artigo pode ser lido AQUI

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EFEITOS DO STRESS GESTACIONAL NO NEURODESENVOLVIMENTO

10/10/2014

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A exposição materna a excessivos fatores de stress psicossocial durante a gravidez pode ter efeitos negativos no neurodesenvolvimento do feto e da criança, incluindo atraso no desenvolvimento mental e motor, dificuldades no temperamento, e limitações no rendimento intelectual. Os motivos subjacentes prendem-se com alterações na estrutura do cérebro e suas conexões. Foi descoberta recentemente uma ligação direta entre o estado emocional da mãe durante a gravidez e alterações na formação da estrutura cerebral. Filhos de mães que vivenciaram elevados níveis de ansiedade no segundo trimestre de gravidez demonstravam uma diminuição do volume da substância cinzenta em regiões específicas e limitações ao nível das funções executivas.


Um longo, mas muito interessante artigo sobre este assunto que podem consultar AQUI

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HIPERATIVIDADE: QUANDO O DIRETOR ADORMECE

10/9/2014

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A neurofisiologia e neuropsicologia da PHDA continuam a ser amplamente estudadas, através de técnicas como a Ressonância Magnética, a Ressonância Magnética Funcional, a Magnetoencefalografia e a corrente sanguínea cerebral. Têm sido encontradas, de forma consistente, várias alterações estruturais e funcionais, essencialmente ao nível do funcionamento pré-frontal:

  • Metabolismo mais baixo nas regiões pré-frontais em tarefas de sustentação da atenção;
  • Anomalias nas áreas corticais frontais direitas, nos gânglios da base (particularmente no núcleo caudado), no corpo caloso e no cerebelo;
  • Volume cerebral mais reduzido, menor volume de substância branca global e parieto-occipital posterior;
  • Padrões atípicos do fluxo sanguíneo cerebral, especificamente em áreas corticais pré-frontais, durante o período de repouso;
  • Fluxo sanguíneo diminuído no córtex pré-frontal lateral direito, em ambas as áreas orbitais do córtex pré-frontal e no cerebelo;
  • Aumento do fluxo em regiões corticais posteriores, como o córtex parietal superior e o córtex parieto-occipital esquerdo.

Em síntese, parece existir um distúrbio de hipofrontalidade (baixa ativação do córtex pré-frontal), que envolve também estruturas subcorticais, especificamente os gânglios basais e o cerebelo.

Trocando por miúdos, o córtex pré-frontal é uma espécie de “comando cerebral”, que regula a ação e inibe ou desinibe determinadas respostas. O que se passa na PHDA é que este comando parece estar adormecido, falhando na inibição dos impulsos (daí a agitação). 

Uma vez que os lobos frontais são as últimas áreas do cérebro a desenvolver-se completamente, os sintomas hiperativos poderão ser, em parte, devidos a um atraso maturativo no desenvolvimento dos mecanismos inibitórios. Por outro lado, alterações do funcionamento pré-frontal estão também envolvidas em grande parte dos quadros psicopatológicos. Assim, é importante esclarecer se se trata de uma agitação própria de uma mente e de um corpo ainda pouco amadurecidos, de alterações da saúde mental ou de PHDA propriamente dita.

O vídeo que se segue traz-nos uma representação interessante do que se passa no cérebro de um indivíduo com PHDA, como se fosse um filme sem diretor:

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HIPERATIVIDADE: UM DIAGNÓSTICO FÁCIL?

10/9/2014

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O diagnóstico de PHDA não é fácil, pois não existem marcadores biológicos exclusivos, nem instrumentos de avaliação específicos. Por outro lado existem vários fatores que podem levar a confundir sintomas “hiperativos” com a problemática propriamente dita, nomeadamente:

  • A variedade de condições emocionais e do desenvolvimento com características semelhantes;
  • O facto de crianças com PHDA terem muitas vezes um desempenho normativo durante a avaliação psicológica, por se tratar de um ambiente novo, individualizado e controlado por um adulto, para além de serem solicitadas tarefas curtas, variadas e estimulantes. Ao contrário do que é muitas vezes comunicado, a hiperatividade pode não estar presente em todos os contextos. Ter a criança colaborante e focada durante a avaliação psicológica não é critério de exclusão.

As informações devem ser obtidas primordialmente a partir de relatórios dos pais, professores, médicos e técnicos de saúde escolar e mental envolvidos, sendo também essencial averiguar quaisquer causas alternativas, bem como a coexistência de outras condições emocionais ou comportamentais (depressão, ansiedade, oposição, perturbação do comportamento), de desenvolvimento (aprendizagem, linguagem ou outros distúrbios do neurodesenvolvimento), e física (tiques, apneia do sono). Deve-se, portanto, fazer uma recolha abrangente de informações sobre o comportamento da criança em casa, com amigos, sobre o desempenho académico e intelectual, e sobre o desenvolvimento e o funcionamento emocional. Será ainda essencial recolher a história sobre a família alargada e as relações familiares, tendo em conta que existe uma significativa carga hereditária.

São amplamente conhecidos alguns questionários que são preenchidos pelos pais e pelos professores, que embora, só por si, não tenham um valor diagnóstico, permitem uma descrição do comportamento quotidiano.

É importante ainda ter em conta o impacto da agitação comportamental e das dificuldades de atenção nas atividades diárias; a ausência de um défice académico e/ou relacional decorrente dos sintomas exclui o diagnóstico de PHDA. Por outro lado, qualitativamente, deve ter-se em conta que os sintomas de hiperatividade devem ter tido início antes dos 3 anos. Uma criança que era calma e fica muito agitada aos 8 anos ou outra que começa a revelar sinais de desatenção aos 10 anos não terão PHDA, mas sim outro quadro que importará esclarecer. Aliás, é frequente os pais de crianças hiperativas dizerem “ele/a é assim desde que começou a andar” e desde cedo tiveram dificuldades em realizar algumas atividades sociais, como ir a um restaurante ou a casa de amigos.

Dada a hipótese cada vez mais sustentada de que a PHDA se enquadra num défice das funções executivas, mediadas pelo funcionamento frontal e pré-frontal, será importante a avaliação do planeamento, da flexibilidade cognitiva e da inibição da resposta, para além da atenção, da sustentação do esforço e da memória de trabalho. Será importante incluir na avaliação algumas tarefas mais monótonas, repetitivas e prolongadas, às quais os sujeitos com PHDA serão mais sensíveis.

A resposta ao título desta publicação será “Não, o diagnóstico não é fácil”. Requer uma investigação exaustiva, avaliação especializada e observação atenta e compreensiva, que implica uma articulação estreita entre pais, professores, psicólogo/neuropsicólogo e neuropediatra. Parece, no entanto, ter-se tornado num diagnóstico fácil para pais impacientes, professores desgastados e profissionais de saúde assoberbados. Não é possível fazer um diagnóstico em consultas de 10 minutos de regularidade mensal (na melhor das hipóteses).

É muitas vezes no contexto da intervenção terapêutica que o diagnóstico é esclarecido. Muitas problemáticas com sintomas semelhantes melhoram apenas com psicoterapia e aconselhamento parental, enquanto que a PHDA requer também, na maior parte das vezes, intervenção medicamentosa. 

Publicado originalmente no Psisalpicos



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ESCLEROSE MÚLTIPLA: A IMPORTÂNCIA DA PSICOTERAPIA INDIVIDUAL E FAMILIAR

10/9/2014

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Celebra-se na última 4ª feira de Maio o Dia Mundial da Esclerose Múltipla.

“A EM é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa, que afecta o Sistema Nervoso Central (SNC).É uma doença que surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade, ou seja, entre os jovens adultos. Afecta com maior incidência as mulheres do que os homens. Esta patologia é diagnosticada a partir de uma combinação de sintomas e da evolução que a doença apresenta na pessoa afectada, com recurso a exames clínicos/exames complementares de diagnóstico (Ressonância Magnética Nuclear, Estudo de Potenciais Evocados e Punção Lombar). Estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2.500.000 pessoas com EM (dados da Organização Mundial da Saúde) e em Portugal mais de 5.000 (João de Sá, 2005). A EM pode produzir sintomas idênticos aos de outras patologias do SNC, pelo que o diagnóstico poderá demorar anos a acontecer.” (Informação disponível no site da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla- SPEM).

Os sinais e sintomas principais são fadiga, visão turva, perda de força muscular, alterações da sensibilidade (formigueiro, picadas, dormência, sensação áspera no tato), dor, alterações urinárias e intestinais, problemas sexuais, desequilíbrio e falta de coordenação motora, alterações cognitivas (atenção, memória, resolução de problemas) e alterações do humor. Sobretudo numa fase inicial, estes sintomas podem ser desvalorizados por surgirem de forma intermitente.

O diagnóstico de EM é dramático para a pessoa e para a sua família, tendo em conta o caráter degenerativo. O tratamento, que procura travar a doença, traz frequentemente efeitos secundários muito desconfortáveis e incapacitantes, que podem levar à não adesão à terapêutica e, consequentemente, a um agravamento mais rápido.

A qualidade de vida diminui drasticamente, sobretudo devido às dificuldades motoras. É frequente um funcionamento marcado pela euforia, que muitas vezes se confunde com uma falta de consciência dos défices.

Consoante a frequência e gravidade dos surtos, vai havendo uma oscilação entre o agravamento dos défices e a recuperação. A EM é uma doença crónica e requer aprendizagem do doente e da família.

É de extrema importância que o doente e a família tenham acompanhamento psicológico. Para o doente, o processo psicoterapêutico será essencial na adaptação ao diagnóstico e na adesão aos tratamentos. Por outro lado, elaborar a angústia, o medo e a revolta é crucial para que exista um maior equilíbrio emocional e, consequentemente, maior capacidade para lidar com a evolução da doença e para a descoberta de capacidades. Para além do trabalho psicoterapêutico, recomenda-se intervenção neuropsicológica no sentido de minimizar ou travar os défices cognitivos (atenção, memória, lentificação, raciocínio, etc). É importante não esquecer ainda a família, que sofre igualmente com a evolução da doença e com a progressiva dependência do familiar com EM.

Em Portugal ainda parece dar-se pouca importância à intervenção psicoterapêutica aliada às doenças crónicas e degenerativas, quando uma maior estabilidade emocional do doente e da família é essencial para uma melhor qualidade de vida de ambos.

Publicado originalmente no Psisalpicos


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