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NEGLIGÊNCIA E ISOLAMENTO SOCIAL INTERFEREM NO NEURODESENVOLVIMENTO

10/10/2014

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As investigações científicas têm suportado cada vez mais a existência do impacto significativo da negligência grave e do isolamento social no desenvolvimento cognitivo e social.

Um estudo recente aponta para menor maturação da substância branca e produção de mielina, causando uma lentificação na comunicação entre as diferentes regiões do cérebro, e alterações no desenvolvimento do córtex pré-frontal. Estas alterações tem repercussões significativas ao nível das funções intelectuais e do ajustamento social, estando muitas vezes na base de perturbações graves da saúde mental.

Mais um trabalho que salienta o problema da privação e que relança a necessidade de um alerta e de uma intervenção precoces, particularmente em meios socialmente desfavorecidos e/ou disfuncionais, bem como a urgência de refletir sobre as condições e a duração das institucionalizações de crianças.

O artigo pode ser lido AQUI

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As mentiras das crianças (I)

10/9/2014

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Eu sei que foi ele e ele diz-me na cara que não, como pode ele mentir tão descaradamente?!”
Todos os pais desejam que os seus filhos sejam honestos e verdadeiros, de modo que a mentira é algo que provoca preocupação e até algumas suspeitas (na maior parte das vezes infundadas) relativamente à personalidade futura da criança.

A mentira está, em parte, relacionada com a fase do desenvolvimento moral em que se encontra, mas também é altamente condicionada por atitudes parentais e por fatore sociais, assim como pela forma como a criança experiencia determinadas situações.

Até aos 3 anos, talvez nem se possa chamar ainda de mentira; talvez ocultação ou negação sejam os melhores termos! Nesta fase, é ainda tudo muito confuso e a criança sabe apenas que depende do adulto para sobreviver. A criança percebe que fez algo de mal pelo tom de voz com que o adulto fala, o que a assusta e, para se sentir novamente segura, nega os feitos de que é acusada (partir um objeto, por exemplo), muitas vezes sem compreender verdadeiramente a sua responsabilidade.

Por volta dos 4 anos, a mentira é muito transparente e reflete diretamente o desejo da criança (“foi ele que me deu o carrinho, eu não tirei”), apesar de terminar muitas vezes com “foi sem querer”. A partir daqui, já vai desenvolvendo alguma compreensão do significado da mentira, embora a necessidade de satisfação imediata, a culpabilidade e o receio de perder o amor dos pais se sobreponham à verdade. Quando são educadas em contextos que valorizam a verdade, as crianças tendem normalmente a segui-la pois querem ser reconhecidas e receber a aprovação dos pais, para além de defenderem a justiça e o bem,  chegando até a acusar os pares quando detetam a mentira.

No entanto, até aos 7 anos, a criança ainda está a perceber a diferença entre a fantasia e a realidade e o adulto participa ativamente no seu mundo do faz de conta, pelo que muitas vezes fica confusa e tem dificuldade em perceber os limites da sua criatividade nas histórias que inventa ou nas desculpas que dá, para além de ainda ter dificuldade em perceber o que é certo ou errado.

Depois dos 10 anos, as crianças já sabem exatamente quando  estão a mentir (e como mentir), emergindo fatores sociais e familiares que se podem sobrepor à fase do desenvolvimento e que intensificam ou não o recurso à mentira. Veremos alguns destes fatores numa próxima publicação.

Publicado originalmente no Psisalpicos


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AS MENTIRAS DAS CRIANÇAS (II)

10/9/2014

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As crianças mentem por várias razões que muitas vezes se sobrepõem às fases do desenvolvimento moral. Muitas vezes mentem apenas por impulsividade e assim que percebem que o fizerem, mentem mais ainda, pois passam a ter de lidar com a possível consequência do ato inicial e com a zanga dos adultos por ter mentido.

Um dos principais motivos que levam a criança a mentir mais sistematicamente é o medo, por exemplo quando a família é muito rígida nas regras que estabelece e, sobretudo, quando algum dos adultos tende a ter um comportamento irracional e agressivo e excessivo nos castigos.

Tendem também a recorrer à mentira quando querem libertar-se de uma tarefa difícil, que lhes traz ansiedade e frustração, como por exemplo os trabalhos de matemática. Neste caso, a mentira serve para evitar o confronto com a dificuldade e com a possibilidade de fracasso.

Sobretudo na adolescência, a mentira pode surgir na tentativa de autonomização em relação aos pais, quando estes são muito rígidos, o que leva os jovens a arranjar estratégias para poderem sair com os amigos e viver outras experiências normais da idade; esta rigidez tem muitas vezes o efeito oposto, fazendo com que os pais tenham um menor controlo do que os filhos fazem, pois passam a fazê-lo às escondidas. Por outro lado, há ainda a questão da aceitação no grupo de pares, em que os adolescentes podem mentir para obter aprovação ou aceitação por parte de outros.

As crianças desenvolvem muitas competências por imitação e a mentira não é exceção. Algumas vezes os filhos ouvem os pais a dizer que não foram trabalhar porque estão doentes, quando na verdade estavam em casa à espera da entrega de um móvel novo. Os adultos utilizam muitas justificações e mentiras que, apesar de inocentes, transmitem a mensagem de que não faz mal alterar os factos. Vale a pena pensar nestes modelos quando se castiga ou se chama a criança de mentirosa.

Raramente a mentira, por si só, é um indicador de doença mental, sendo necessárias outro tipo de características. No entanto, importa averiguar porque é que a criança mente, sobretudo quando o faz de forma sistemática.

Publicado originalmente no Psisalpicos

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SEXUALIDADE INFANTIL (I): SOCORRO, O MEU FILHO MASTURBA-SE!

10/9/2014

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A descoberta da masturbação infantil é, para a maior parte dos pais, tanto ou mais chocante que a descoberta que os filhos fazem a propósito da sexualidade dos pais!

A maioria dos pais ficará ainda mais chocada ao perceber que essa masturbação começou muito antes do que pensam. Este é um tema delicado, aliás como quase todos os temas que envolvem a sexualidade, esse eterno tabu, que tende a desencadear muitas questões, angústias e preocupações nos pais. 

É normal? Aceitável? Faz mal à saúde? O que significa? O que fazer?

As crianças descobrem os seus genitais da mesma forma que vão descobrindo as restantes partes do corpo. O facto de estarem cobertos pelas fraldas parece suscitar maior curiosidade e a exploração vai acontecendo, essencialmente a partir do segundo ano de vida, a cada muda de fralda e, mais ainda, quando se inicia o controlo dos esfíncteres. Os genitais são uma área bastante sensível e inervada desde muito cedo, pelo que as crianças têm sensações agradáveis quando se tocam numa exploração inicialmente não intencional. Ao perceberem estas sensações prazerosas, tendem a repeti-las. O menino de dois anos pode ter uma ereção e a menina procura introduzir objetos naquele misterioso orifício. Podem estimular-se com os dedos, esfregar-se numa almofada ou num boneco, o que tende a alarmar os pais e a conduzir à desaprovação que aumenta a curiosidade e a excitação em torno desta experiência.

Nesta fase inicial, a busca do prazer sexual prende-se essencialmente com a necessidade de descarregar tensões e de se acalmar, servindo o mesmo propósito que o chuchar no dedo ou o balancear-se. A frequência e a intensidade da masturbação infantil é que poderão ser sinais de alarme, embora a atitude dos pais desempenhe um papel preponderante na forma como evolui o comportamento sexual da criança.

Publicado originalmente no Psisalpicos

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SEXUALIDADE INFANTIL (II): VAMOS BRINCAR AOS MÉDICOS?

10/9/2014

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Como vimos na publicação anterior, a masturbação começa bastante cedo através da exploração natural que a criança faz do próprio corpo. Trata-se de uma gratificação meramente sensorial, que conduz a sensações prazerosas e ao alívio de tensões, não tendo nesta altura qualquer caráter sexual, em situações normais. No entanto, a erotização que os pais fazem deste comportamento tende a gerar desconforto, apreensão e repreensão. Esta atitude negativa leva muitas vezes ao aumento da tensão e da curiosidade, reforçando a masturbação.

Por volta dos três anos, a criança já vai percebendo que existem diferenças entre meninas e meninos, o que conduz a perguntas embaraçosas, mas também à exploração do corpo do outro. “Porque é que a mana não tem pilinha?”, “A minha pilinha também vai cair como a da mamã?” são perguntas frequentes colocadas pelos rapazes. Já as raparigas tendem a ficar intrigadas a observar aquele órgão pendurado no corpo do irmão ou do pai, procurando tocar e perguntando se também vão ter um igual. A estas perguntas que pai e mãe procuram empurrar de um para o outro, há que responder de forma aberta, tranquila, mas resumida ao essencial. As crianças satisfazem-se com explicações simples. Se sentirem que há atalhos ocultos no meio do nervosismo, vão querer continuar a exploração. Se não obtiverem resposta às suas questões ou receberem uma atitude negativa, poderão procurá-la noutros contextos, sem que os pais tenham controlo do que se passa.

Entre os 4 e os 6 anos começam também a surgir as brincadeiras de médicos, em que as crianças se examinam mutuamente. Mais uma vez, este comportamento é de descoberta, sem conotação sexual, devendo os pais preocupar-se apenas se estiverem envolvidos adultos ou crianças mais velhas. Surgem outros embaraços para os adultos, principalmente nos meninos, que começam a testar o alcance da sua arma, sobretudo quando urinam. Tendem a ter outras brincadeiras no Jardim de Infância, baixando as calças com frequência e espreitando os pénis dos colegas. Também os educadores têm um papel fundamental na gestão destes comportamentos, evitando ridicularizar ou castigar as crianças.

A partir dos 4 anos já conseguem aprender que a exploração deve ser feita em privado, pelo que os pais devem conduzir a criança ao seu quarto ou à casa de banho, sem repreensão, dizendo “eu sei que te sabe bem quando mexes aí e não faz mal, mas deves fazê-lo quando estás sozinho/a”. É também a altura de ensinar de forma clara que mais ninguém pode tocar-lhe nos genitais, exceto os pais ou outro adulto de confiança nas rotinas de higiene. E que se alguém o fizer, deve contar aos pais. Se os pais percebem que a criança recorre a objetos, enquadrados ou não na brincadeira dos médicos, devem igualmente explicar-lhe que não deve fazê-lo, para que não se magoe.

Qualquer que seja a idade, a ansiedade e a proibição por parte dos pais tendem apenas a reforçar o fascínio e a curiosidade. Se a criança se sente envergonhada ou culpada, irá reprimir as suas questões, comprometendo um diálogo saudável e preventivo. Por outro lado, quanto menos os pais chamarem a atenção para o comportamento masturbatório, menos focada estará a criança nos seus genitais e nos dos outros.

Comentários como “isso é feio”, “não mexas aí porque é sujo”, “és um/a menino/a muito feio/a quando fazes isso”, “isso é porcaria e não se faz”, “vais ficar de castigo” estão proibidos!

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