Siga-nos
Alexandra Barros
  • Psicologia
  • Alexandra Barros
  • Especialidades
    • Bebé e Parentalidade
    • Crianças
    • Adolescentes
    • Aconselhamento Parental
    • Adultos
    • Neuropsicologia
    • Avaliação Psicológica
  • Contactos
  • Imprensa
  • Blog

O MAL DA PSICOTERAPIA

10/9/2014

0 Comments

 
Imagem
Há tempos li um artigo numa revista que falava dos malefícios da psicoterapia e de como “o psicólogo” quase estragara a vida a algumas pessoas…  E não são raros alguns comentários que, direta ou indiretamente, ecoam esta ideia.

Ao contrário do que pode ser a opinião de algumas pessoas, o psicoterapeuta não tem a função de dar palmadinhas nas costas do paciente. O trabalho terapêutico passa pelo levantamento da história da pessoa e pela compreensão das suas vivências nos diferentes contextos de relação com o outro e consigo próprio. Este trabalho aprofundado levanta o pó muitas vezes sedimentado ao longo de anos através de mecanismos de defesa. Um pó que, apesar de aparentemente inócuo e varrido pela idade, ocupa demasiado espaço na vida interior de cada um e impede o encontro com recursos emocionais mais limpos e mais eficazes. Por isso, muitas vezes os pacientes trazem-nos uma determinada queixa e esta é abordada através de outras vivências que aparentemente nada têm a ver com a preocupação atual.

Quando utilizamos o computador, organizamos os ficheiros por pastas: fotografias, documentos, músicas, e não podemos guardá-los todos ao longo da nossa utilização. Temos de apagar alguns itens, enviando-os para o recycle bin, que depois deve ser esvaziado. De tempos a tempos, temos ainda de fazer correr o anti-vírus e de eliminar ficheiros temporários e cookies. Caso contrário, o sistema fica demasiado pesado e lento, vulnerável a ameaças, e deixa de funcionar eficazmente.

Passa pelo nosso trabalho, levar o indivíduo a perceber o modo como o pó ou o lixo do passado interfere com o seu funcionamento atual. Este é, muitas vezes, um trabalho doloroso. De certa forma, faz parte da nossa cultura, não mostrar os sentimentos, aprender a disfarçar, fazer de conta que não acontece, mascarar a tristeza e fingir que a mesma não existe. É uma espécie de “Vou andando, obrigado”, resposta sempre pronta quando alguém pergunta como estamos. Em psicoterapia não pretendemos que o paciente vá andando, muito menos em cima de terrenos sinuosos, areias movediças e buracos escondidos.

Muitas vezes é preciso destruir, ou pelo menos sacudir, para construir alicerces mais sólidos e estáveis. E este processo implica entrar em contacto com afetos nem sempre fáceis de gerir (porque ao contrário do computador, não se podem eliminar definitivamente as memórias), a necessidade de deprimir e ir ao fundo, para depois submergir com maior fôlego. E é aqui que as coisas se complicam com alguma frequência. O paciente diz-nos “eu vim aqui para ficar melhor e parece que estou pior”. Por vezes são até as pessoas que rodeiam o paciente que reforçam esta ideia, porque passam a existir respostas que até aqui não se viam (maior revolta, maior expressão da tristeza, etc). O pior é a confrontação com os fantasmas e os sentimentos adormecidos. O melhor é que esta fase não vai durar para sempre. 

É uma espécie de reciclagem, o tratamento do lixo emocional, para transformar em novo e melhor, mais adaptativo. Há histórias mais dolorosas que outras e processos mais demorados que outros. E algumas vezes a realidade é tão dura e os recursos ainda tão frágeis que, no meio desta viagem, o paciente prefere acreditar que é a psicoterapia que lhe faz mal e sai uma paragem antes.

Publicado originalmente no Psisalpicos

0 Comments

PSICOTERAPIA NA INFÂNCIA: PORQUÊ?

10/9/2014

0 Comments

 
Imagem
Os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento sócio-afetivo da criança e para a formação da sua personalidade enquanto adulto. É nesta fase precoce que vai sentir o meio como seguro ou inseguro, gratificante ou frustrante, que vai conhecer os seus limites e os do outro, com base nas respostas que recebe do pai e da mãe e na interação que estes estabelecem consigo. Alterações na resposta às necessidades físicas ou emocionais do bebé ou da criança podem ter um impacto muito negativo na sua saúde mental, que poderá ficar assente em vivências de desamparo.

A criança não tem a mesma capacidade que o adulto para se expressar verbalmente. Agressividade, birras, medos, xixi na cama, dificuldades em dormir ou comer, choro fácil, apatia, são muitas vezes a forma de manifestar que algo se passa e lhe está a causar sofrimento. No entanto, existe uma certa tendência a desvalorizar os sinais que a criança vai dando e a apostar na “esperoterapia” (esperar para ver), muitas vezes recomendada pelos médicos.

A criança está em crescimento, pelo que é necessário discriminar se as alterações ou dificuldades que apresenta são um problema do seu desenvolvimento ou uma etapa normal do seu processo evolutivo.
Uma avaliação e intervenção atempadas podem minimizar o risco de agravamento e instalação de quadros psicopatológicos complexos. Quanto mais tarde se inicia esta intervenção, maior o impacto das experiências desorganizadoras e, consequentemente do seu sofrimento, e maior a dificuldade de alteração de dinâmicas relacionais perturbadoras.

O processo de avaliação e psicoterapia na infância tem início com uma recolha detalhada de informação junto dos pais, com vista à averiguação das suas preocupações e da história pessoal e familiar. A criança é um elemento integral e fundamental na família, pelo que o contexto familiar assume um papel preponderante no seu desenvolvimento e, consequentemente, na compreensão da problemática e na psicoterapia.

Na psicoterapia infantil, é necessária uma abordagem especializada, que vá de encontro às fragilidades e capacidades da criança, através do seu meio privilegiado de comunicação: o brincar. Através do desenho, do jogo simbólico, das histórias, da dramatização, o psicoterapeuta ajuda a criança a descobrir as suas emoções, necessidades e potencialidades, e a expressá-las de forma mais ajustada, facilitando a contenção emocional e promovendo a transformação adaptativa.

Grande parte dos quadros psicopatológicos no adulto tem origem em vivências precoces. Como tal, a psicoterapia infantil é essencial para a construção de um adulto com melhores recursos emocionais e maior capacidade de gerir a relação consigo próprio e com os outros.

Publicado originalmente no Psisalpicos 

0 Comments

Quando levar o seu filho ao psicólogo?

10/9/2014

0 Comments

 
Imagem



Se para os adultos é muitas vezes difícil perceber que chegou a hora de pedir ajuda, no caso das crianças e dos adolescentes mais difícil se torna. 

Deixo aqui alguns aspetos que podem indiciar que a criança ou o adolescente está com dificuldades ou em sofrimento e que necessita da intervenção de um psicólogo infantil:






  • Raiva ou Agressividade excessivas
  • Ansiedade ou Medo excessivos;
  • Episódios frequentes de tristeza evidente e choro fácil;
  • Isolamento e dificuldades relacionais;
  • Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas e entusiasmantes;
  • Queixas somáticas (dor de cabeça, dor de barriga, vómitos, indisposição), sem causa médica;
  •  Quebra de rendimento escolar;
  • Dificuldades escolares;
  • Dificuldade em estar atento;
  • Agitação ou apatia;
  • Alterações repentinas no sono: Insónia ou, pelo contrário, sono excessivo, pesadelos;
  •  Alterações do comportamento alimentar: aumento ou perda de apetite, recusa em comer;
  • Oscilações bruscas do humor;
  • Atraso na linguagem;
  • Problemas de comportamento;
  • Vítimas ou Agressores de bullying;
  • Birras excessivas e difíceis de gerir;
  • Dificuldade no controlo de esfíncteres;
  • Sinais de consumo de substâncias (álcool, drogas);
  • Situações de divórcio, adoção e luto;
  •  Situações de doença crónica;
  • Abuso sexual, físico ou emocional ou outros eventos traumáticos;

Se em alguns casos a criança pode revelar sinais desde muito cedo, na maioria das situações existe uma alteração evidente relativamente ao funcionamento anterior.

Publicado originalmente no Psisalpicos

0 Comments
Forward>>

    Alexandra Barros Blog

    Neste espaço pode consultar e comentar artigos sobre uma diversidade de temas. 

    RSS Feed

    Categories

    All
    Adolescentes
    Adultos
    Alimentação E Saúde Mental
    Amor
    Ansiedade E Medo
    Automutilação
    Bebé Gravidez Parentalidade
    Brincar
    Bullying
    Crianças
    Depressão
    Desenvolvimento
    EMDR
    Envelhecimento
    Esclerose Múltipla
    Escola
    Família
    Filicídio
    Hiperatividade/ Défice Atenção
    Impulsividade
    Maturidade Escolar
    Neuropsicologia
    Psicoterapia
    Regras E Educação
    Relacionamento
    Sexualidade Infantil
    Suicídio
    Traumas
    Yoga

Alexandra Barros- Psicologia Clínica
Lisboa | Sintra | Online
91 609 54 98

Copyright 2014